Vamos começar este artigo já convidando os pais e mães para a reflexão:
Vamos imaginar que você já esteja repetindo para o seu filho pela “milésima” vez para lembrar de fechar a torneira após o uso, para não deixar o cachorro fazer bagunça na sala ou para recolher os brinquedos antes de ir dormir. Mas parece que as palavras nunca fazem efeito e, mais uma vez, a atitude se repete com um piscar de olhos. Então você fica estressado(a) e acaba mandando ele ir para o quarto “pensar na sua atitude”. Logo depois, o coração chega a doer de tanto apertar e você se questiona se castigar é, ou não, a atitude correta a se ter com os baixinhos.
Hoje em dia, cada vez mais os pais se preocupam com métodos de educação infantil. Então a verdade é que essa dúvida é mais comum do que a gente imagina. Afinal, será que o castigo realmente funciona?
A seguir, vamos falar um pouco mais sobre isso.
Compreendendo o castigo
Muitos mais são adeptos ao castigo uma vez que eles resolvem, no curto prazo e de maneira muitas vezes imediata, um comportamento ruim ou inadequado. No entanto, quando falamos em educação, o longo prazo é bem mais relevante. E a punição só causa essa sensação de imediatismo, mas no fundo é uma armadilha, uma vez que essas atitudes trazem reflexos negativos para a criança, tais como os sentimentos de recuo, rebeldia, ressentimento ou até de vingança.
Por outro lado, quando os métodos utilizados para educar são mais colaborativos e inclusivos, fazendo com que os pequenos tenham liberdade para compartilhar e participar, eles se sentem parte daquilo, importantes e responsáveis. Pode demorar um pouco mais para gerar disciplina? Com certeza! Mas, aos poucos, é o caminho que trará melhores resultados no longo prazo.
Outras atitudes que você pode ter no lugar dessas
Se optar por castigar mesmo assim, é recomendado explicar ao seu filho o motivo para o castigo, de modo que ele não associe à atitude com suas irritações pessoais ou até com autoritarismo. Além disso, preste atenção nas palavras que você usa ao punir, de forma objetiva e sem fazê-la se sentira feia, suja ou humilhada.
O castigo deve acontecer na sequência do mau comportamento e, em hipótese alguma, deve ser acompanhado de agressão. Além disso, seja firme e justo: sem exceder os limites do que é considerado razoável para aquela situação.
Por fim, também considere:
• Reconhecer sua parcela de culpa: você gritou com seu filho? Seja honesto com ele! Reconheça o erro e peça desculpas, sem culpas ou críticas. Vai facilitar muito o processo lá na frente.
• Resolver o problema que causou essa situação: em vez de remoer eternamente as consequências de um eventual castigo, pense em como solucionar aquela situação para que ela não volte a acontecer. Tenha diálogo com a criança e faça com ela um acordo para que, justos, vocês evitem situações como aquela no futuro;
• Nunca deixar de estabelecer limites e acompanhar a situação de perto, além da própria evolução do seu filho.
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